segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O meu ultimo ano de escola (1ª parte)

Acabei a escola!
Vou escrever sobre o ano que passou e de alguma forma um resumo destes 3 anos que passei na Soares Basto.

Se calhar podia dizer que o ultimo ano de escola foi o pior ou um dos piores anos escolares que tive… ou não.
Vou tentar ser lógico no que vou escrever pois não quero afectar ninguém.

Porquê que digo que foi um dos piores anos que tive? Por vários motivos.
Em 14 anos de escola que tive, não me lembro de passar tantos intervalos sozinho como passei este último ano.
Talvez nunca me vá esquecer do trajecto que fazia no fim das aulas para passar os intervalos. Sair da sala e ir para a beira da porta da sala de alunos e estacionar lá a ver as pessoas, e o tempo a passar e regressar à sala, tudo isto passado sozinho.
Na minha turma mais ou menos metade fumava e então como é normal, nos intervalos iam fora da escola fumar, só que a outra metade habitou-se a ir fazer-lhes companhia lá fora, e o resultado foi o que disse acima, ficar sozinho nos intervalos sem ninguém para conversar e etc.
Eu compreendo que quisessem ir lá fora fazer companhia aos restantes, talvez o ambiente fosse outro e tal, mas não percebo como é que conseguiam deixarem-me ‘sozinho’ sem ter ninguém para conversar que me entendem-se e etc., não estou a dizer que a culpa foi deles, até porque alguém da turma falou comigo sobre isso e percebia o que eu sentia… apenas não compreendo.

Pensei tanto na turma do meu primo que fizeram-me tanta companhia quando não tinha a dos meus colegas de turma, infelizmente por destino no meu último ano já não estavam lá.
Quando não ficava sozinho, ficava ‘a fazer de vela’ com a minha colega e o namorado, não é que me sentia incomodado em estar com eles, mas sentia-me um pouco desconfortável, mas ao mesmo tempo já me sentia mais acompanhado e tinha com quem falar.

Esta situação tornou-se tão “paranóica” para mim, que houve dias em que acordava e pensava logo nisso, que ia para a escola para ficar sem ninguém nos intervalos… sozinho. Ou então olhava para o tempo e via se estava a chover para pelo menos ter companhia nas horas livres.
Estou a falar nos intervalos mas as horas de almoço também entram aqui.
Tive horas de almoço mesmo difíceis. Uma coisa era os intervalos de 10 minutos, outra coisa era a hora de almoço que era de 1 hora e meia.
No primeiro ano que foi para a escola tive sorte, tinha tudo a meu favor, eram os meus colegas que me conheciam há pouco tempo não se importavam de ter um pouco de paciência comigo, era a turma do meu primo que andava sempre comigo e principalmente era o bar Over que não tinha escadas…
No segundo ano já foi um pouco diferente, eles já não tinham tanta paciência comigo, já não havia o bar sem escadas, restava-me a turma do meu primo que estava sempre comigo nas horas de almoço.
O ano que passou não tive nada do que disse anteriormente. Tinha dois dias com 1 hora e meia para almoço. O que me valeu foi os treinos de boccia que ocupava-me metade do tempo. Mas quando não tinha treino, ia comer e depois… ficava sem saber o que fazer, ou ia para o sítio do costume dos intervalos, ou pedia para me abrirem o portão para ir dar uma volta pela cidade sozinho sem destino nenhum.

Mas os intervalos que passava com a minha turma era uma alegria para mim, sentia-me integrado, acompanhado, enfim, tinha com quem me distrair e conviver.
Dar e levar pancada à Márcia e companhia, gozar, falar com eles e etc. …
Era um dos deles… pensava assim.

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