segunda-feira, 21 de maio de 2012

Amor? Como? (2ª parte)

Na primeira parte deste post falei como era o meu “conceito” de miúdas quando era puto e também disse que mudei para melhor e para pior, agora vou falar sobre hoje, o que mudou em mim e também questionar-me sobre algumas coisas.


Tenho que referir que este post era praticamente dedicado e servia também para mandar uma “mensagem” a uma miúda, mas como ela já sabe de tudo não vai ter a mesma “piada” para mim e também para ela, mas vou escrever como que ela não soubesse de nada.



Hoje em dia, até vou conhecendo miúdas interessantes, bonitas, atraentes e etc… que até dá-me vontade de as conhecer melhor, tipo, pedir-lhes o numero, ou o facebook, para inicar uma conversa interesse e até uma boa amizade ou então se essas miúdas são tudo o que disse até podíamos ir além de uma amizade… mas penso, o que é que vou fazer? Um gajo como deficiente tem alguma hipótese com essas miúdas? É claro que não… pronto, lá está uma das diferenças do que era e do que sou hoje, sem coragem de ir à luta e a pensar demasiado nas consequências até ao ponto de não arriscar nada.



Principalmente depois que saí da escola mudei para uma atitude em relação às gajas não muito correcta e que até sinto alguma vergonha de tomar por vezes esta atitude. Tenho medo que não seja normal o que tenho feito com algumas miúdas mas não quero estar louco. O que me vale é a minha capacidade de “escolher” com quem falo sobre isto e de saber falar com eles sobre esta minha atitude, pois têm-me percebido e não dizem a ninguém porque se dissessem eu era um homem “morto”

Percebo esta minha atitude mas ao mesmo tempo não compreendo porque nunca cheguei a este ponto… será por estar muito tempo sozinho? Ou será por ver muita ficção e pensar que sou um actor que pode fazer tudo? Ou simplesmente será porque estava mais ou menos habituado e de repente ficar sem nada? Só sei que quero que esta atitude não me torne maluco.

Não vou dizer qual é a atitude nem sei se da para perceber pelas minhas palavras. Sei que algumas pessoas que conheço sabem do que estou a falar mas não se conhecem nem sabem que falei disto entre elas. Por isso não resisto em dizer obrigado “Patrícia”.



Falei aqui da estratégia que usei com a Daniela em que só faltou o quase para resultar. Também falei no que fiz após ela, com miúdas que ia conhecendo e falando, ao ter um discurso pouco recomendável na medida do assunto que eu lhes apresentava… penoso, mas involuntariamente.

Pois bem, parece que mudei, (pelo menos por enquanto), acho que aprendi com as duas “partes” e graças a isso está a ter um resultado positivo…



Um dia destes estava eu numa rede social à busca de novas amizades e ao mesmo tempo ver se arranjava um entretimento para aquela noite, pois ainda estava na fase do discurso menos saudável.

Quando encontrei uma miúda que podia ser como tantas outras, que nem me dão paleio nem nada, mas não, algo chamou-me a atenção nela pois não era como as outras. E eu sem nenhuma explicação logica disse para mim próprio que com aquela miúda ia mudar de atitude e de discurso. Assim foi.

Diferente de todas as outras que tentava falar naquela rede social que simplesmente não me respondiam, esta foi totalmente diferente pois mal acabava de enviar a mensagem ela escrevia logo a seguir, aproveitei a onda e fui educado com ela, não quis apressar as coisas como era meu hábito, no outro dia estava lá outra vez de propósito para falar com ela, de coisas banais, não quis falar, como costumava fazer, logo de relacionamentos e assim. Falamos durante dias sobre as nossas vidas, fiquei surpreendido quando lhe disse que era deficiente pois reagiu com uma naturalidade que nunca tinha visto e o mais importante foi que ela nunca deixou de me responder mesmo depois de ela saber como é que eu era, falamos sempre.

Surpreendido com a minha atitude que até tive algum receio de lhe pedir o msn pois tinha medo que reagisse mal, cosa que antes era uma das primeiras coisas que pedia a uma gaja. Consegui que ele me desse o msn, falámos durante tardes inteiras e também noites até que senti a necessidade de ter o numero dela pois queria falar com ela toda a hora, ela assim aceitou e deu-me. Começamos a falar os dias inteiros, já não tinha um “bom dia” há que tempos e ela voltou-me a fazer desse gesto quotidiano para mim.



Se fosse antes, naqueles momentos mais “críticos” da mina vida, já lhe tinha dito que gostava dela ou algo assim passado uma semana.

Mas ela foi diferente, era especial eu sabia, mas não precipitei-me e na altura certa é que vi o que sentia por ela.

Ela é mesmo diferente pois houve um pormenor que para mim marcou toda a diferença, era sempre eu a pedir ás miúdas para ligarem a web cam mas foi ela que me pediu, embora já tivesse com vontade de a ver há mais tempo nunca lhe pedi.

Até que vi o que sentia por ela e por isso decidi uma coisa para mim próprio, que foi ser totalmente sincero e transparente com ela, desde sempre contei-lhe como é que eu era, as minhas limitações físicas e etc… sabendo mesmo que se contasse a uma miúda qualquer que tinha uma mão tola ou que tenho movimentos involuntários que podem ou não afectar uma possível relação, ela podia-se afastar de mim, mas sempre quis contar-lhe tudo o que tenho de negativamente pois quis ser sempre sincero.



Chegou o dia de dizer-lhe o que sentia por ela.

Desde que a conheci que sabia que mais tarde ou mais cedo que ia sentir alguma coisa por ela… sou assim.

Não vou dizer o que aconteceu nesse dia, vai ficar entre nós.

Mas pergunto: valeu a pena ser sincero? E contar-lhe tudo de mim? Mesmo as coisas mais negativas sabendo perfeitamente que podia afectar a imagem que eu queria que ela tivesse de mim? Já lhe disse que nunca foi tao sincero com alguém como estou a ser com ela. Valeu ou vale a pena?

Eu sei que as possibilidades de ter namorada são mínimas e mesmo assim contei-lhe logo tudo, porquê?

Ainda para mais sabendo que ela é de longe, pergunto-me porquê que me meti nesta? Ela despertou-me em mim reacções que nunca tive por causa de uma miúda, já chorei com ela, já ri-me com ela, disse-lhe mesmo verbalmente a palavra “Amo-te”, tive uma conversa séria com os meus pais que nunca tive coragem de a ter e tive por causa dela… mas tudo isto para quê? Se sei qual é a realidade…



Deixa-me amar-te e torna-te ainda mais especial.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Amor? Como?

Sempre achei que o tema “amor” seria um tema para segundo plano, sinceramente, não percebia porquê que as pessoas sofriam tanto por esse sentimento, faziam um drama dos diabos por não serem correspondidos, ou não pudessem para estar juntos de quem se ama e etc… Pensava que a escola, o trabalho, a saúde, o dia-a-dia e etc eram mais importantes do que esse sentimento que é o amor.

Quando era puto tinha na minha ideia que ia arranjar uma miúda facilmente como todas as pessoas, que ia a beijar facilmente como via na televisão, que ia puder namorar sem qualquer tipo de problema, nem sabia o que era o preconceito nem nada, achava que ia ser fácil… como estava enganado!

Ao longo do tempo fui-me apercebendo que não era bem assim, comecei a ver as gajas a darem me para trás mas na minha inocência de (ainda puto) pensava que era por elas me acharem feio ou qualquer coisa do género, mas passava e vinha outra para a minha “mira”. Mas comecei a achar estranho, todas davam-me para trás, não queriam nada comigo etc… a minha cabeça acordou para a realidade. Se não era por ser feio ou qualquer coisa do género tinha que ser por outra razão, começava a ver casais de namorados a namorarem nos cantos da escola e eu nada, a única coisa que conseguia era passar a mão nas minhas colegas e uma outra coisa mais que não digo aqui. Então foi acordando e vendo que era mais deficiente do que eu pensava, comecei a ver que talvez fosse por ser assim que não tinha ‘namoradas’.

Entretanto passado um tempo apareceu a tão famosa do meu blog, Daniela, que já contei aqui a história. Quando a conheci estava a nascer para essa realidade por isso não hesitei muito e entrei na “luta”, não sei bem como, que até as vezes questiono-me a mim próprio como é que eu fiz e como é que consegui. No entanto agora a olhar para trás no tempo fico admirado por conseguir o que consegui, tenho uma teoria que é: como estava a nascer ainda para a realidade, fui á luta sem pensar nas consequências, quase sem pensar que era deficiente e que ate podia resultar. Tive sorte na estratégia que adoptei para começar a falar com ela e até disse logo que era um admirador secreto dela. A estratégia foi em eu pedir o numero dela sem ela saber e andei um tempo a falar com ela sem dizer quem eu era, porque tinha acabado de acordar para a realidade e sabia que se dissesse quem era eu, que era a mesma coisa que dizer adeus, por isso preparei-a e na altura certa disse-lhe quem era eu, no principio fez-lhe confusão mas depois viu que realmente eu era um gajo a sério… e o resto já sabem.

Então foi com ela que mudei de opinião sobre o amor, amei e não fui amado, sorri e fiquei desolado, fui feliz e infeliz… etc. Vi que realmente era a minha deficiência que me impedia de ter namoradas. Depois dela, com as miúdas que foi conhecendo, a minha atitude mudou, não entrei para a “luta” sem pensar nas consequências, hesitei bastante, mudei o meu discurso completamente, dizendo logo que era deficiente, que ninguém me queria por ser assim, passei de um discurso optimista para pessimista. E sem querer fui- me inferiorizando ao falar como elas até de uma forma penosa na esperança de terem pena de mim… mas tudo isto inconsciamente.

Mas acho que mudei, tanto para melhor como para pior.

Na segunda parte deste post vou questionar algumas coisas que me estão a deixar confuso e ao mesmo tempo realista… vai ser interessante e surpreendente…